Suas colegas não entendiam como ainda eram amigos.
Como se sentava na mesma mesa que ele pra tomar café, compartilhar do cotidiano como se nada tivesse acontecido.
Semana passada foi até a casa dele comer seu carbonara, que segundo ele, é o melhor da zona sul.
Nunca houve um flashback ou recaída, mas ele foi a pessoa que ela escolheu pra compartilhar a vida, e foi o fizeram por quase vinte anos.
E assim como o Botafogo, seu time do coração, o amor foi rebaixado. Um mero afeto, carinho talvez.
Difícil explicar, nem ele entende, mas aceita.
Depois de tudo, sabe que essa é a única forma de estar próximo.
Semana passada perguntou:
— Depois de tudo que fiz, como você não me odeia?
— Eu nunca vou te odiar, porque eu te amei um dia.
— Ela respondeu.
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